Sunday, October 15, 2006

Agora é bom demais......


Estava voltando da Casa da Matriz, onde tocou muita coisa boa, e dessa vez eu gostei da música do Muse, apesar de uma certa resistência que eu tinha com essa banda. Já li coisas boas e não tão boas, já ouvi falar que eles "deveriam ser proibidos de pegar em instrumentos" (eheh...), e no fundo no fundo a música é legal (a que conheço com um teclado maneiraço), rock louco com teclado pomposos, pra vc viajar na onda. Quando eu saí da noitada, já no taxi, ouvi uma música familiar apesar do cansaço e da overdose sonora pela qual tinha passado. Era uma música do bom e velho foda clássico Rush, que é uma banda com muito melodia de teclado legal e guitarra, e me surpreendi porque você não espera que um taxista ouça isso. Falei com ele, "é Rush, né?", e ele falou, secamente, "é, eu tenho 40 anos". Como que constatando que pessoas mais novas de hoje em dia não vão ouvir um Rush. Difícil ser tão sucinto como ele.

Porque o ponto é esse, usando esta estória chega-se a uma constatação: gostamos em grande parte de curtir, buscar, acompanhar, fazer parte de nossos contemporâneos, fazer parte desse movimentos, sentimos o fluxo do caldeirão cultural e como estamos fazendo parte dele sem querer. É claro que apreciamos muita coisa antiga, clássicos, mas temos um gosto especial por coisas que fazem parte do aqui e agora, com os quais podemos compartilhar uma época e seu contexto.

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